quinta-feira, junho 19, 2008

Euro em balanço: dez momentos marcantes da fase de grupos

Entre a tépida cerimónia de abertura e a festa russa em Innsbruck, não foi preciso esperar muito pelo primeiro momento marcante deste Europeu. Nos sete jogos que faltam até à consagração de dia 29 por certo muitos mais vão aparecer. Começando já no Portugal-Alemanha de Basileia.

Lágrimas de Frei
Uma dividida com ar inofensivo. Um esgar de dor e preocupação. O ar pessimista da equipa médica. Alma de uma Suíça generosa e limitada, o seu capitão deixava o St. Jakob em lágrimas. A equipa não duraria muito mais do que esses curtos 41 minutos.

Podolski dividido
O ar contido, quase embaraçado, com que Podolski (não) festejou os golos que marcou pela «sua» Alemanha à «sua» Polónia é o símbolo de um Europeu em que, de Pepe a Odonkor, passando por Marcos Senna ou Camoranesi, praticamente todas as selecções têm exemplos das sociedades em mudança nos países que representam.

Golo de Van Nistelrooy

Os italianos apontavam para o écrã gigante, indignados, mostrando ao árbitro que o primeiro golo holandês tinha sido marcado em fora-de-jogo. O sueco Frojdfeldt, firme na decisão, argumentava que Panucci, fora de campo, legitimava a posição do holandês. Logo depois a UEFA dava-lhe razão. O debate entre a letra e o espírito da lei continua.

Hat-trick de Villa
Durante anos, Raúl foi o dono da camisola 7 de Espanha. Durante meses, a sua ausência do Europeu foi pretexto para uma campanha cerrada contra Luis Aragonés. E depois veio o jogo com a Rússia. Villa com o 7. A marcar uma vez, e outra, e outra ainda. A formar com Torres uma dupla de sonho. E a pôr Raúl fora deste filme.

Ronaldo entra em cena
Todas as câmaras nele, todas as perguntas a seu respeito, todos os comentadores a declinar o seu nome com os sotaques mais variados. E depois a espera. Um jogo discreto mas sério com a Turquia. Uma hora de luta inglória com os checos. E enfim o golo libertador a Cech, o passe para o terceiro de Quaresma e a enésima confirmação de que, descontando o «marketing» e a febre das revistas sociais, sobra... um enorme jogador de futebol.

São Buffon salva a Itália
Sera a tradição da ópera a dar aos jogadores italianos esta vocação para o dramatismo, a solenidade das grandes tragédias? No frente a frente com Mutu, que poderia ter deixado a campeã do Mundo fora de cena logo ao segundo acto, a mão e perna esquerda de Buffon assinaram um daqueles momentos que não se limitam a ficar na história: mudam-na drasticamente.


Frango de Cech
Do alto dos seus dois golos de vantagem, a Rep. Checa cometeu demasiados erros nos minutos finais do jogo com a Turquia. Mas nenhum foi tão arrepiante e irremediável como o do grande Petr Cech, as mãos esticadas a deixarem fugir um centro inofensivo para o pé de Nihat fazer o empate. A partir daí, a vitória turca e a eliminação dos checos era uma certeza à espera de oficialização. Nunca se vira uma coisa assim!

Livre de Ballack
A derrota com a Croácia, os falhanços inacreditáveis de Gomez, a expulsão de Joachim Low, o medo do ridículo, de repetir a humilhação de Córdoba, 30 anos antes. Os alemães começavam a duvidar de si próprios, algo que decididamente não lhes está na pele. E foi então que chegou Ballack, a marcar o primeiro golo de livre neste Euro, abrindo a porta ao pontapé. E que pontapé!

O labirinto de Domenech
Benzema sem Henry? Henry sem Benzema? Benzema com Henry, mas pouco. Vieira lesionado. Sai Thuram, em pré-reforma. Entra Abidal. Ribéry lesionado. Entra Nasri. Abidal expulso. Sai Nasri. Golo da Itália. «Par ici la sortie».

Arshavin apresenta-se
A Rússia já se reerguera da goleada sofrida na estreia, Hiddink já provara novamente ter o toque de Midas. Para o filme ser perfeito faltava que, como nos «westerns», o herói fora de combate chegasse na altura certa para salvar os seus. Dito e feito: eis os russos pela primeira vez nos quartos-de-final, com a sua melhor geração desde o fim da URSS.

3 comentários:

Bgaivao disse...

oooooh portugal perdeu

JoaoBao disse...

PortuBalanço

Moutinho mostra q n tem valor pa jogar num pais q n seja portugal ou turquia

Ricardo mostra q o treinador do betis eq tem razao qd o mete no banco

Nuno Gomes assume.se como grande jogador

Pepe aprendeu a cantar o hino

Scolari vai de lopes finalmente

Deco quer acabar carreira no Brasil

Salvador Mathias disse...

arshavin maravilha